Como funciona o Monitoramento nas Estacas tipo Hélice Contínua?

Como funciona o Monitoramento nas Estacas tipo Hélice Contínua?

Operador dentro da cabine de comando da hélice contínua. A frente dele, a tela do computador de monitoramento, SACI.

Texto: Eng. Civil Láercio Trindade

A modalidade de estacas Hélice Contínua Monitoradas apresenta diversas vantagens, sendo o monitoramento uma das mais significativas. Em nosso blog “Por que escolher Estacas Hélice Contínua Monitoradas?“, já exploramos essa modalidade e seus benefícios. Este texto explicará como geramos os gráficos de monitoramento.

Geramos os gráficos de monitoramento em duas fases distintas: perfuração e concretagem, conforme ilustrado na imagem abaixo.

Figura 1 – Informações geradas por monitoramento. Fonte: Software Geodigitus.
Figura 1 – Informações geradas por monitoramento. Fonte: Software Geodigitus.

Os três primeiros gráficos durante o processo de perfuração, enquanto os subsequentes correspondem à fase de concretagem.

Por que monitorar as estacas?

O trabalho com fundações é extremamente delicado, pois elas são responsáveis por transferir os esforços da estrutura para o solo. Uma fundação mal projetada ou executada pode comprometer a integridade da estrutura, colocando em risco vidas e causando prejuízos significativos.

As informações fornecidas pelos gráficos garantem que executamos a estaca conforme o projeto e que ela suporta os esforços esperados. Alguns dados críticos obtidos pelo monitoramento incluem:

  • Inclinação da torre: Permite saber se perfuramos a estaca no prumo certo, com uma inclinação máxima tolerável de +/- 1°;
  • Profundidade total: Garante que a estaca tenha atingido a profundidade adequada conforme o projeto.
  • Perfil estimado, sobreconsumo e volume de concreto: Informam sobre a concretagem, fase crucial para a resistência projetada da estaca.

Além de fornecer informações após a execução, o monitoramento auxilia durante o processo de perfuração. Por exemplo, a velocidade de extração durante a concretagem indica ao operador se o trado está sendo sacado na velocidade ideal, otimizando a concretagem do fuste.

Mas afinal, como funciona o monitoramento nas Estacas tipo Hélice Contínua?

Equipamos a perfuratriz com sensores específicos para possibilitar o monitoramento: sensor de concreto, profundidade, inclinação, torque e rotação. Esses sensores trabalham em conjunto para gerar os gráficos e informações mencionados anteriormente. Sua instalação e manutenção cuidadosas são essenciais para o funcionamento correto.

Na imagem abaixo, destacamos dois dos principais sensores mencionados.

Posicionamos o sensor de concreto na câmara/pescoço de concreto do equipamento, onde ele captura dados como volume, sobreconsumo e perfil estimado da concretagem da estaca. Instalamos o sensor de profundidade na torre para monitorar uma das roldanas, que giram proporcionalmente ao curso do trado, permitindo o monitoramento da profundidade perfurada e concretada.

Com todos os sensores operando, os gráficos e informações são gerados em tempo real, auxiliando assim, o operador durante a execução da atividade. A imagem a seguir ilustra esse monitoramento durante o processo de concretagem.

Computador de bordo, SACI, mostrando como funciona o Monitoramento nas Estacas tipo Hélice Contínua.
Imagem 3 – Monitoramento em tempo real. Fonte: Autor.

Após finalizar a atividade, armazenamos os resultados na nuvem, permitindo acesso remoto por computador. Em menos de um dia, disponibilizamos esses dados para análise do cliente.

Portanto, o monitoramento não apenas melhora a qualidade da estaca executada, permitindo que o operador tome decisões informadas em tempo real, mas também aumenta a segurança da obra ao fornecer suporte técnico ao engenheiro responsável, garantindo a execução adequada da fundação.

Pela dedicação à inovação e qualidade em nossos serviços, a Gontijo Fundações está preparada para oferecer soluções em Hélices Contínuas Monitoradas, sendo uma referência nacional nesse tipo de modalidade de fundação.

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