Uma das primeiras etapas executivas de uma obra é a fundação, e diante dessa situação, surge a pergunta: “qual tipo de fundação devo escolher?”

Para uma escolha assertiva, diversos fatores devem ser levados em consideração, tais como: topografia do terreno, investigação geotécnica do solo (sondagem), as cargas dos pilares da estrutura, edificações vizinhas e a viabilidade técnica e econômica. Após essas análises, podemos definir se a fundação escolhida será rasa ou profunda e qual modalidade iremos utilizar.

Fundação rasa X Fundação profunda

De acordo com a NBR 6122:2022 – Projeto e Execução de Fundações:

Fundação Rasa: “Elemento de fundação cuja base está assentada em profundidade inferior a duas vezes a menor dimensão da fundação, recebendo aí as tensões distribuídas que equilibram a carga aplicada; para esta definição adota-se a menor profundidade, caso esta não seja constante em todo o perímetro da fundação.”

Fundação Profunda: “Elemento de fundação que transmite a carga ao terreno ou pela base (resistência de ponta) ou por sua superfície lateral (resistência de fuste) ou por uma combinação das duas, sendo sua ponta ou base apoiada em uma profundidade superior a oito vezes a sua menor dimensão em planta e no mínimo 3,0 m; quando não for atingido o limite de oito vezes, a denominação é justificada. Neste tipo de fundação incluem-se as estacas e os tubulões.”

Em outras palavras, podemos entender que as fundações rasas, como o próprio nome já diz, atingem menores profundidades, que são até 3 metros, e as cargas são dissipadas através da base, diferentemente das fundações profundas, que podem dissipar as cargas por atrito lateral, pela base ou das duas formas. Mas não se engane! As fundações rasas também resistem a cargas altas, assim como as profundas. Não existe um tipo de fundação melhor ou pior, mas sim um tipo de fundação ideal para cada obra.

Modalidades de estacas

Nas fundações profundas, existem diversas modalidades de estacas, e a Gontijo Fundações atualmente executa os seguintes tipos:

• Estacas cravadas, que utilizam o bate-estaca na execução, geralmente são de perfis metálicos, trilhos ferroviários ou pré-moldadas de concreto;
• Estacas escavadas, que utilizam o trado mecanizado na execução, sendo que acontece primeiro a perfuração e posteriormente a concretagem;
• Estacas hélice contínua, que são feitas com o equipamento de hélice contínua monitorada, variando o porte da máquina de acordo com o torque, diâmetros e profundidades necessárias para executar a obra em questão. Nessa modalidade ocorre a perfuração com trado contínuo e a concretagem feita pela própria haste do trado.

Portanto, quando for iniciar uma obra, procure um profissional da área geotécnica para te direcionar de forma a escolher o melhor tipo de fundação, para se obter uma edificação segura e economicamente viável para o local.