A gestão na construção civil é um dos principais pilares para manter a integridade das empresas de engenharia. Sendo assim, é imprescindível que os gestores tenham vivência em negócios com uma cultura voltada para tal.

Os cursos de engenharia civil ensinam muito pouco sobre ferramentas e metodologias de gestão. O resultado disso é um mercado com muitos engenheiros civis que desconhecem o assunto, muito embora todos concordem que o conhecimento e aplicação das ferramentas de gestão é vital para a prosperidade das organizações. Neste escopo, é essencial considerar que existe uma distância abismal entre concordar e compreender. Alguém pode concordar que uma boa alimentação é vital para a saúde, mesmo não compreendendo conceitos básicos de nutrição.

Apesar da fraca abordagem das escolas de engenharia civil sobre o tema, é muito comum engenheiros civis recém-formados se interessarem pelo assunto. O problema é que, muitas vezes, este interesse acaba desviando tais profissionais das empresas do setor, sendo absorvidos por diversos outros ramos da atividade empresarial, como as firmas de consultoria em gestão, área financeira, varejo, dentre outros. 

O caminho natural de um engenheiro civil que deseja atuar na área que estudou é ingressar como estagiário, trainee ou engenheiro júnior, em uma empresa atuante na construção civil, e ali se desenvolver profissionalmente, se tudo correr bem nesta sua investida inicial. Nos primeiros anos da carreira deste profissional, a sua atuação será menos gerencial e mais operacional, trabalhando diretamente na atividade fim do negócio. Com o passar dos anos, porém, o seu crescimento implicará na sua alocação em cargos mais estratégicos dentro da organização, como gestor de uma área ou departamento, gerência de setor ou diretoria.

Como funciona a gestão na prática?

Nas grandes empresas de engenharia existe uma cultura forte voltada para a gestão, sendo assim, os engenheiros formados nessas empresas acabam absorvendo parte dessa cultura tornando-se, ao longo dos anos, excelentes gestores. Porém, na maioria das pequenas e médias empresas do setor, essa cultura não existe.

Existe uma tendência natural das empresas de engenharia, de pequeno e médio porte, de alocarem os seus próprios engenheiros em posições estratégicas, mesmo sem terem estudado ou vivenciado experiências. De acordo com os dados do Sebrae, 99% das organizações atuantes na construção civil são micro, pequenas ou médias empresas. Sendo assim, considerando que a maioria dos líderes das PME’s atuantes na construção civil brasileira é composta por engenheiros civis que cresceram dentro dessas empresas, sem experiências prévias com gestão, é de se esperar que exista uma carência de conhecimentos nesta área. 

Estudos do SEBRAE, a partir do processamento das bases de dados da Secretaria da Receita Federal (SRF), apontam que o setor da construção civil tem a menor taxa de sobrevivência entre as empresas brasileiras. Talvez, se não houvesse essa carência de conhecimentos em gestão nas empresas do setor, este cenário pudesse ser diferente.

Profissionais Qualificados

É importante destacar que, para a compreensão de muitos conceitos importantes na gestão de um negócio, é fundamental que o gestor tenha vivência em negócios com uma cultura voltada para gestão, com rituais que permitam a aplicação de metodologias no dia a dia e a compreensão dos impactos de cada ferramenta nos resultados da organização. Os cursos de pós-graduação e/ou mestrado em administração também ajudam muito, principalmente aqueles que contemplam discussões voltadas para estudos de casos. A troca de experiências com outros gestores é muito valiosa e costuma trazer bons frutos, agregando conhecimento e valor.

A construção civil

É um dos principais motores da economia brasileira e, por sua vez, também o que mais emprega e o que mais sofre com sazonalidades e crises econômicas. Reduzir a taxa de mortalidade das empresas deste setor é uma difícil missão que pode trazer grandes benefícios econômicos para o país. Porém, toda mudança cultural é difícil de ser promovida. Para acontecer, será necessária uma forte mudança estrutural nas escolas brasileiras de engenharia civil, bem como na mentalidade dos engenheiros atuantes.

Na Gontijo Fundações, temos a gestão como prioridade. Isso nos permite estar ativo no mercado a mais de 65 anos e ser referência no setor de solos e fundações no Brasil. Entre em contato e faça seu orçamento com quem realmente entende do assunto!